sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Quiksilver Pro France - todos contra Fanning !!


Quiksilver Pro
Mick Fanning já levantou a taça do Quiksilver Pro três vezes. Foto: © ASP / Cestari.
O ídolo australiano está a poucas etapas do sonhado tricampeonato mundial. Foto: Eric Chauche / Quiksilver Europe.
Mick Fanning já esteve no topo do pódio do Quiksilver Pro antes. Ele ganhou a etapa francesa do tour em 2007, 2009 e 2010. Os dois primeiros anos em que ele venceu, foram os anos em que também faturou o título mundial.

Neste ano, ele desembarca na França como número 1 do ranking. Com a vitória de Kelly Slater em Trestles (EUA) e sua rápida ascensão no tour, a pergunta é como anda sua cabeça em busca do tricampeonato mundial.

Nesta sexta-feira, Fanning confirmou o favoritismo e avançou direto à terceira fase ao despachar o brasileiro Wiggolly Dantas e o sul-africano Travis Logie na abertura do evento em Hossegor.

Na entrevista abaixo, ele fala sobre sua relação com a etapa francesa e entre outros assuntos, comenta a possibilidade de conquistar mais um título mundial.


Quando foi a última vez que você conseguiu dormir sem pensar em uma bateria ou um adversário?

Às vezes você consegue, às vezes não. Mas não penso muito sobre meus oponentes, mais sobre as condições. Isso é no que venho me concentrando nesta temporada. Quero ter certeza de que estou preparado para qualquer tipo de condição.

Então o problema é quando o swell começa a subir?

A pior vez foi no Tahiti, quando tivemos a semana inteira de day off. Fui treinar todos os dias e ficava tentando adivinhar de que jeito os tubos viriam. Caí toda manhã com uma prancha diferente. Esse foi definitivamente a vez mais complicada neste ano (Mick ganhou o evento).

O que você come no café da manhã no dia do evento?

Eu venho comendo cereais e frutas, ou talvez uma batida. Nada muito louco. Me livrei dos ovos e bacon, agora eles são só para ocasiões especiais.

Você pensa que ter um filho pode atrapalhar na corrida pelo título?

Acho que você deve perguntar isso ao Joel (Parkinson). Pensando nele, acho que tem um bom suporte de sua esposa, Monica. Ela é uma boa mãe e nos dias de competições ela toma conta de tudo com muito carinho. Mas às vezes eu acho que ele gosta desta distração, pois não precisa pensar em outras coisas. Eu nunca estive nesta posição, então quando eu tiver filhos estarei apto a responder essa questão.

Você já leu livros baseados na situação da sua vida no momento?

Eu tentei ler um pouco nos últimos eventos, mas nunca para isso. Eu gosto de biografias, de aprender sobre diferentes pessoas, ver o caminho que elas escolheram e a maneira que olham para a vida. Eu gosto de let, mas se o livro não chama a minha atenção eu fico entediado facilmente.

Qual é a sua manobra mais mortal?


Quando eu não estou muito confiante, eu vou para minha rasgada de frontside. Isso porque eu já fiz mais de um milhão de vezes em Snapper (Rocks). Mas isso sempre varia de prancha para prancha. Você olha para as condições e imagina o que é o certo naquele momento.

Você tem a regra dos 17.00 pontos. Você sempre chega neste somatório em quase todas as baterias. Fale sobre isso.

Neste ano, estou tentando me concentrar na minha performance. Não necessariamente com o foco nos resultados. É sobre surfar o melhor que consigo a cada bateria. Talvez esta seja a razão, mas eu ter que fazer 17 pontos sempre não é uma coisa que eu penso antes.

Hipoteticamente: Você vence uma bateria com 19.00 pontos e o campeonato continua no dia seguinte. No jantar, você se recompensa com uma taça de vinho?

Eu não costumo beber demais. Na maioria das vezes é só no final do evento, porque você sabe que o trabalho ainda não terminou. Mas isso depende da companhia que estou no momento e é muito divertido se todo mundo está bebendo. Talvez eu possa beber uma pequena taça de vinho, mas sempre acompanhado de água.

Isso levou muito tempo para aprender?

Quando eu cheguei ao tour, toda ocasião era uma oportunidade para beber cerveja. Todo mundo era tão jovem e tudo era muito divertido. Então entrei nesta onda. Mas quando me contundi gravemente e refleti sobre todos os resultados que eu tinha feito até ali pensei: 'Se eu estivesse com a cabeça mais fresca aquele dia, poderia ter vencido aquela bateria'. Tive seis meses para sentar no sofá e pensar sobre isso. Foi quando deixei a cerveja de lado e o trabalho começou a vir em primeiro lugar. É muito melhor beber no final do evento, quando você fez um bom trabalho e sabe que mereceu isso.

É a sua 12ª vez na França. Qual a melhor coisa sobre isso?

Eu amo este lugar. Você nunca sabe o que vai acontecer, tem que adivinhar onde estará melhor e em qual período de tempo. Todo mundo começa a se mandar recados ou mensagens de texto tentando adivinhar o melhor pico para cair. É engraçado e excitante se você tem uma boa sessão e alguém perdeu o melhor momento. Você se sente bem consigo mesmo, mas se acontece o contrário você se sente igual a uma merda (risos). É uma viagem divertida.

Depois de Fiji, você disse que não estava preocupado com a corrida pelo título. Desde então você ganhou um evento e continua liderando. Quando você vai começar a pensar nesta possibilidade?

Depois do Tahiti, eu pensei sobre isso, mas você não pode pensar muito porque vai tirar seu foco e te arruinar na bateria. Aconteceu em Trestles. Tiveram baterias em que eu estava realmente nervoso e não me senti confortável. Espero que eu consiga mudar isso e focar só no meu surf. Tenho que deixar a competição trabalhar por ela mesma.

Fonte Stab Magazine

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