quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Cortes Bank - Danilo couto encara monstro !!


Cortes Bank

Danilo Couto pega uma das grandes em Cortes Bank, Califórnia (EUA). Foto: Frank Quirarte.
Um dos maiores surfistas de ondas grandes do mundo, o baiano Danilo Couto “quebrou” mais uma barreira e, novamente, foi pioneiro em mais um grande desafio.


Ele encarou as ondas de Cortes Bank, uma bancada inóspita na Califórnia (EUA), nos últimos dias 21 e 22 de dezembro, sendo o único brasileiro na expedição que contou com campeões mundiais de países como África do Sul, Austrália e Estados Unidos. 

O grupo surfou em ondas de até 20 metros, equivalentes a um prédio de sete andares, e fez história ao encarar as maiores ondas já registradas em alto-mar e “domadas” por pouquíssimos surfistas até hoje.

Localizada a 160 quilômetros da costa de San Diego, a mística
Danilo Couto em vista aérea. Foto: Keith / Surfermag.
onda de Cortes Bank é conhecida por sua imensa força e aos diversos perigos existentes no lugar. 


O cenário é composto por navios afundados, os temidos tubarões brancos, correnteza, mar aberto e uma ilha submersa.  

“Cortes é o ápice do surf em ondas grandes”, festejou.  A viagem de ida e volta, saindo de San Diego, Sul da Califórnia, durou 10 horas por trecho. Os iates tinham aproximadamente 100 pés, com cinco jet-skis a bordo e equipes com dez pessoas. 

“É o maior desafio possível surfar uma onda oceânica sem a ajuda de jet-skis na remada. As pranchas, que medem entre 3
Estrutura hollywoodiana em Cortes Bank, Califórnia (EUA). Foto: Keith / Surfermag.
e 4 metros, mais pareciam palitos de dente no meio daquele turbilhão de água”, relacionou o atleta. 


Para o surfista brasileiro, é definitivamente um outro território, muito diferente dos locais onde os big riders costumam atuar ao redor do mundo.

“Uma vasta área, equivalente a uns dez campos de futebol, na qual os surfistas, remando, têm a tarefa de posicionar-se perfeitamente nesta imensidão, com objetivo de usar a força da remada para encarar essas ondas gigantescas. Um erro no posicionamento pode fazer uma avalanche aquática te engolir e te matar”, contou Danilo.

Em contato com a guarda costeira norte-americana, paramédicos e equipe de resgate aquático monitoraram os surfistas na água e reduziram os riscos da ação nas ondas gigantes.

O sistema de segurança foi fundamental para salvar a vida do renomado californiano Greg Long. Ele sofreu uma sucessão de ondas que o engoliram e quase se afoga. Também ingeriu um pouco de água e ficou inconsciente por cerca de um minuto.  

Graças à equipe, Long foi resgatado a tempo e teve os cuidados necessários. Em seguida, o helicóptero da guarda-costeira o levou a um hospital em San Diego.

Seu estado de saúde é bom. "Fico muito feliz com a recuperação de Greg Long, um grande amigo e parceiro de expedições”, afirmou Danilo. 

“Conversamos nas horas em que antecederam a viagem e nos comunicamos no que dizia respeito ao que estava disponível para a nossa segurança na viagem. É bom ficar claro que, antes de tudo, o que o salvou foi o seu preparo físico e mental, em primeiro lugar. Isso o fez resistir ao grande impacto. Depois, a equipe de segurança entrou em cena e finalizou o salvamento com êxito", destacou o surfista baiano, que mora no Hawaii há mais de uma década.

Para ele, a segurança no esporte vem evoluindo muito nos últimos anos. Ele é uma das vozes mais ativas no cenário e vem organizando encontros e fóruns anuais para que os big riders tenham acesso às informações e treinos específicos.

"A força e a velocidade da onda são únicas. A violência com que ela quebra em alto-mar e o fluxo de água circulando na bancada representam, definitivamente, um outro patamar. É muito diferente das outras ondas grandes que surfamos perto da costa. O caldo também é proporcional ao tamanho e à força das ondas", revelou Danilo, que, em 2011, venceu o XXL Big Wave Awards, maior prêmio de ondas grandes do Mundo.

A tecnologia dos equipamentos tem sido de extrema importância para a evolução da performance dos atletas, desde novos modelos de pranchas, pesos e medidas e, principalmente, o colete inflável. Quando o surfista é jogado em grandes profundidades e aciona o mecanismo, cartuchos de gás carbônico são ativados e o colete o auxilia de volta à superfície. 

O desafio em Cortes Bank reuniu quatro barcos diferentes e 20 dos melhores surfistas de ondas grandes do mundo, todos especialistas em previsão oceânica.

Com a confirmação de ventos fracos e ondas gigantes, eles se deslocaram de diversas partes do globo e se encontraram no porto de San Diego para a expedição de suas vidas. 

Para Danilo, foi um dia muito especial para todos os big riders. "Uma expedição em alto-mar, com muitas variáveis, uma condição extrema, que esperávamos há muito tempo e finalmente aconteceu", comemorou o surfista de 37 anos. 

"O clima de êxtase e satisfação depois das sessões era coletivo. Missão cumprida, todos sãos e salvos. Vivemos e nos preparamos diariamente para dias como este. Parece que acabo de retornar da lua ou algo assim", completou o atleta.

Jaws Vale lembrar que Danilo Couto é também um dos brasileiros convidados ao Red Bull Jaws, Paddle at Peahi, que será disputado nas temidas ondas de Peahi, ilha de Maui, Hawaii, e está em alerta, pois um grande swell se aproxima para os dois últimos dias do ano.

Também conhecido como Jaws, o cenário das disputas reunirá 21 atletas de alto nível, como Kelly Slater, Shane Dorian, John John Florence, Jamie O'Brien e outros nomes de peso do surf mundial.

Em 2011, Danilo Couto conquistou US$ 50 mil ao vencer o maior prêmio de ondas grandes do mundo, o Billabong XXL Global Big Wave Awards. Na ocasião, ele surfou a onda mais impressionante da temporada para faturar a categoria "Ride  of the Year" (Onda do Ano).

A montanha aquática foi domada em Jaws, mesmo lugar que sediará o "Red Bull Jaws, Paddle at Peahi", e estabeleceu um novo parâmetro entre os surfistas que encaram ondas grandes na remada, sem auxílio do jet-ski. Desde então, o palco da competição transformou-se no maior desafio para os big riders.

Para conhecer mais sobre Danilo Couto, acesse a página do atleta no Facebook

domingo, 23 de dezembro de 2012

Raoni Monteiro - o guerreiro explica a ausência no Pipe Masters


Raoni Monteiro
Raoni Monteiro explica ausência do Pipe Masters. Foto: Arquivo pessoal.
Depois de sofrer contusão em Fiji, atleta de Saquarema retornou em grande estilo em Portugal. Foto: Divulgação Rip Curl Pro.
Muitos fãs, amigos e seguidores do surfista Raoni Monteiro no World Tour questionaram a ausência do atleta na etapa de Pipeline, Hawaii.

Em reconhecimento a todas as manifestações positivas e todo o suporte dado ao atleta durante sua carreira, Raoni sentiu-se na obrigação de enviar uma resposta formal aos seus amigos e à imprensa.

Ele decidiu antecipar a sua volta ao Brasil antes do início da última etapa do World Tour por conta de uma série de fatores, e o desconforto que sentiu no joelho direito (lesionado em Fiji, no meio do ano) durante uma sessão de treinos foi definitivo para concretizar sua decisão.

Depois da etapa de Fiji, onde foi ovacionado por sua atitude go for it naquela onda memorável que resultou em seu afastamento das competições por três meses, Raoni passou por um processo de recuperação física que acabou por ajudá-lo psicologicamente.

Enquanto lutava contra a falta de patrocinador principal para custear suas despesas a fim de competir no circuito mundial, ficar de fora das etapas do Tahiti, da França e de Trestles (Califórnia) por conta dessa contusão fez com que ele relaxasse um pouco mais da pressão de buscar bons resultados.

A consequência todos viram: retorno às competições em Portugal derrotando Kelly Slater, sequência de vitórias em cima dos badalados Jordy Smith e Julian Wilson, na Califórnia, e a conquista do respeito daqueles que já duvidavam do comprometimento do surfista.

Raoni chegou ao Hawaii relaxado e surfando com amor, como ele disse inúmeras vezes em entrevistas. Sem pressão, sem estresse, fica mais fácil trabalhar, só que o fato de não contar com um patrocínio principal para arcar com suas despesas diárias e passar mais de um mês no North Shore de Oahu pesou em sua decisão de adiantar seu retorno ao Brasil. Ele sentiu ainda um desconforto no joelho direito e não estava à vontade com esse conjunto de fatores.

Como Raoni estava aplicando um pedido para a vaga de injury wildcard por estar afastado por cerca de três meses do Tour, preferiu cuidar da saúde para começar 2013 com todo o gás. Não adiantaria forçar um Pipe Masters com dor só para mostrar a terceiros que ele estava ali. Existem decisões na carreira de um atleta que colocam um ponto de interrogação na cabeça de muitos críticos e fãs, mas achamos que a decisão de Raoni de voltar para casa mais cedo foi acertada.

Ele já deu continuidade ao processo de recuperação física, com consulta médica e treinamentos funcionais e cardiovasculares. Precisa apenas fortalecer a musculatura para dar o suporte necessário ao joelho direito.

O ano de 2013 está logo ali e o Raoni poderá proporcionar aos espectadores do World Tour performances que correspondem 100% ao seu talento.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Brasil Surf Master - Joca Junior reina em Itamambuca


Brasil Surf Master
Joca Junior conquista pela segunda vez o título Master. Foto: Renato Boulos.
Saulo Lyra fatura título Grand Master. Foto: Renato Boulos.
Antonio Augusto leva Grand Kahuna e passagem para Costa Rica. Foto: Renato Boulos.
Pódio da categoria Master. Foto: Renato Boulos.
O mar subiu e as ondas ficaram ótimas neste domingo para o encerramento do Brasil Surf Master na praia de Itamambuca, Ubatuba, litoral Norte de São Paulo.

Os grandes ídolos das décadas de 70 a 90 deram um show e o potiguar Joca Junior conquistou pela segunda vez o título brasileiro Master, dos surfistas com 40 anos ou mais.

O primeiro foi em 2005 nas mesmas ondas de Itamambuca, quando o limite era 35 anos.

Na final Grand Master, Saulo Lyra garantiu a invencibilidade de Santa Catarina na categoria dos que já completaram 45 anos, levando o terceiro título brasileiro para o estado.

E na Kahuna, dos que passaram dos 50 anos, deu São Paulo no alto do pódio com Antonio Augusto, mais conhecido por Sapo.

"É muito bom ser bicampeão brasileiro Master, graças a Deus consegui", diz Joca Junior, logo que saiu do mar depois da vitória sobre o baiano Jojó de Olivença (vice-campeão), o ubatubense Tadeu Pereira (terceiro lugar) e o catarinense Roni Ronaldo (quarto).

Joca começou bem a final com nota 9.00, manobrando forte de backside as direitas de Itamambuca e liderou toda a bateria.

Na última onda, ainda ampliou a vantagem, trocando o 7.50 da sua segunda nota por um 8.07 que fechou o placar da vitória em 17.07 pontos.

O título na principal categoria do Brasil Surf Master valeu um prêmio de R$ 6 mil, além de uma prancha Skol amarelinha que todos os 12 finalistas receberam.

O ubatubense Tadeu Pereira também teve um bom início com nota 8.33, mas faltou uma segunda onda boa pra somar e Jojó de Olivença terminou como vice-campeão. O baiano totalizou 13.73 pontos contra 13.50 do Tadeu e 12.33 de Roni Ronaldo, que acertou alguns aéreos nas esquerdas de Itamambuca.

"Eu sempre quis surfar ali no canto de Itamambuca, mas o mar mudou nos outros dias, as ondas vieram mais para o meio da praia e fiquei um pouco perdido no posicionamento no mar, quase até perdendo algumas baterias", conta Joca Junior.

"Hoje (domingo) não, as ondas estavam ali no cantinho e foi lá que fui buscar a vitória. Já comecei com um 9.00 que me deu mais confiança e deu altas ondas para a direita. Eu queria uma esquerda para dar o aéreo, não veio, mas estou muito feliz pela vitória com o meu backside que funcionou bem aqui".

O primeiro bicampeão brasileiro da história da categoria Master na Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp), volta para o Rio Grande do Norte com mais um troféu de campeão para sua extensa galeria de vitórias e deixou uma sugestão para o próximo ano.

"Espero que no ano que vem não tenha só uma etapa, mas um circuito pequeno mesmo. Não precisa ser uma premiação alta, porque já é muito bom estar reencontrando os amigos, a galera que iniciou essa explosão que o surfe brasileiro está vivendo agora no Circuito Mundial, com a molecada quebrando no WCT. E tudo isso porque essa galera das antigas ajudou a consolidar o esporte lá atrás, então tem que reconhecer isso, quem sabe fazendo um circuito com três etapas".

Supremacia catarinense Na Grand Master, os surfistas com mais de 45 anos mostraram um ótimo nível técnico e nas semifinais o carioca Sergio Penna ganhou a única nota 10 do Brasil Surf Master surfando uma onda incrivelmente bem em Itamambuca.

Porém, na grande final o surfista de Balneário Camboriú, Saulo Lyra, foi preciso na escolha das ondas. Ele só surfou duas nos 25 minutos da bateria e manteve a supremacia de Santa Catarina na categoria, repetindo o título conquistado por David Husadel em 2005 em Ubatuba e por Carlos Kxot em 2010 em Saquarema (RJ).

"Ontem (sábado) eu fiz duas baterias bem boas aqui e hoje de manhã acordei, orei bastante e eu tava com a sensação de que algo bom iria acontecer pra mim", confessa Saulo Lyra. "Eu queria muito fazer essa final pra colocar uma prancha amarela dessas de prêmio no teto do carro na volta pra Santa Catarina, então o slogan era: prancha amarela no teto, prancha amarela no teto. E ter vencido esse evento, além de uma benção é uma honra, pois os maiores nomes do surfe brasileiro estão aqui".

Saulo Lyra também falou sobre a bateria decisiva: "Eu sabia que contra esses caras não adiantava eu ficar pegando qualquer ondinha, era preciso esperar a da série e fazer boa nota. Tanto que eu fiquei sentado na prancha esperando uns dez minutos para abrir a bateria, fiz uma nota boa (9.00), voltei pro fundo, sentei, esperei, esperei, consegui um 8.33 na segunda onda e depois fiquei esperando trocar essa nota. Mas, no final dei uma marcadinha no Pedro (Müller), que precisava de 7.00 e pouco pra vencer. A nota era alta, mas se tratando de um adversário desse nível até um 9.00 ele poderia fazer, como já tinha feito um 9.67, então merecia um cuidado".

A vitória de Saulo Lyra confirmou a invencibilidade dos catarinenses na história da categoria Grand Master na Abrasp. "Eu atribuo isso ao excelente trabalho da Fecasurf (Federação Catarinense de Surf), que tem um circuito muito forte, consistente, há muitos anos, tanto que o Master está neste nível competitivo que está. Lá a gente não quer perder de jeito nenhum para não ter que pagar rodada extra pros amigos, então fazer molecagem é ótimo e fazer molecagem aos 50 não tem preço. Voltar pra casa com o título de campeão brasileiro Grand Master 2012, caramba, é uma sensação ótima".

O carioca Pedro Müller, atual presidente da Abrasp, surfou uma das melhores ondas do domingo em Itamambuca, mas faltou outra pra somar com o 9.67 recebido nessa. Ele terminou em segundo lugar com 16.17 pontos, contra 17.33 do campeão Saulo Lyra.

O nota 10, Sergio Penna, também do Rio de Janeiro, ficou em terceiro lugar com 14.43 e o quarto foi o cearense Cardoso Junior, que não achou boas ondas e só fez 8.87 pontos. A premiação da Grand Master é igual a da Master e Saulo Lyra faturou o prêmio máximo de R$ 6 mil.

Categoria Kahuna A primeira final do Brasil Surf Master a entrar no mar foi a da categoria Kahuna. A disputa do título, que valia uma passagem aérea para a Costa Rica oferecida pela Nivana Turismo, foi acirrada e dois surfistas cometeram "interferência" na disputa por ondas com os adversários. Como penalidade, Gaúcho e Leonardo Viana perderam metade da segunda nota computada e ficaram de fora da briga pela vitória.

O paulista Antonio Augusto largou na frente com notas 7.33 e 8.17 em duas boas ondas, mas Lula Menezes quase consegue a virada no final. O único carioca na decisão da Kahuna precisava de 8.90 pontos e surfou uma bela onda, arriscando as manobras para vencer. No entanto, a nota saiu 8.57 e o título ficou mesmo para Antonio Augusto. O campeão da categoria para surfistas que já passaram dos 50 anos de idade totalizou 15.50 pontos, contra 14.84 do Lula Menezes, 5.90 do Gaúcho e 4.90 do Leonardo Viana.

"Demorou, mas subi no pódio né?", diz Antonio Augusto, mais conhecido como Sapo. "Surfo há 40 anos, venho aqui pra Ubatuba desde 1973 e competição é assim mesmo. O negócio é não desistir nunca e surfar sempre. O Lula (Menezes) ainda pegou uma onda boa no finalzinho, faltou pouco pra ele virar o resultado, mas eu consegui uma boa vantagem no início com um 7.33 e um 8.17, que deu pra garantir a vitória. Agora vou conhecer a Costa Rica, acho que vai ser bom porque dizem que dá altas onda lá, então eu vou".

O Brasil Surf Master foi um evento viabilizado através da Lei Paulista de Incentivo ao Esporte da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo, apresentado pela Skol Praia, com patrocínio da Oakley e apoio do Aquário de Ubatuba, L23 e Nivana Turismo, contando com apoio de mídia da ESPN Brasil, Revista Fluir e Waves.com.br. O evento decidiu os títulos brasileiros da categoria Master da Associação Brasileira de Surf Profissional, em uma realização conjunta com a Federação Paulista de Surf, Associação Ubatuba de Surf e Prefeitura Municipal de Ubatuba.

Resultados do Brasil Surf Master 2012

Master


1 Joca Junior (RN)
2 Jojó de Olivença (BA)
3 Tadeu Pereira (SP)
4 Roni Ronaldo (SC)
5 Alexandre Herdy (RJ)
5 Ricardo Tatui (RJ)
7 Pedro Müller (RJ)
7 Carlos Santos (SC)

Grand Master

1 Saulo Lyra (SC)
2 Pedro Müller (RJ)
3 Sergio Penna (RJ)
4 Cardoso Junior (CE)
5 Rodrigo Munhoz (PR)
5 Rodolfo Lima (RJ)
7 Carlos Santos (SC)
7 David Husadel (SC)

Kahuna

1 Antonio Augusto (SP)
2 Lula Menezes (RJ)
3 Gaúcho (SP)
4 Leonardo Viana (SP)
5 Ruy Iwakiri (SP)
5 Ernesto Nene (SP)

sábado, 15 de dezembro de 2012

Billabong Pipe Masters - Joel é campeão mundial !!


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O australiano Joel Parkinson, 31 anos, é o novo campeão mundial da ASP. O seu primeiro título na carreira foi confirmado quando o seu compatriota, Josh Kerr, 28, derrotou Kelly Slater, 40, na semifinal. E para fechar com chave de ouro a conquista do caneco de número 1 do mundo, Parko venceu o Billabong Pipe Masters na sexta-feira de ondas de 4-6 pés em Pipeline e no Backdoor, na ilha de Oahu, no Havaí.
Joel Parkinson (Foto: Kirstin Scholtz / ASP Images)
Joel Parkinson campeão mundial de 2012 (Foto: Kirstin Scholtz / ASP Images)
Este é o lugar onde eu queria estar no final do ano”, vibrou Parkinson, no pódio. “Trabalhei por isso durante toda a minha vida e nem consigo descrever o que estou sentindo agora. Eu tive vários vice-campeonatos, vivi bons e maus momentos, fui ao inferno e voltei. Eu amo o Havaí, estou muito feliz por botar a Austrália no topo do mundo de novo e quero agradecer a todos que me apoiaram”.
Parkinson completou a sua 12.a temporada no WCT, já venceu onze etapas da divisão de elite do ASP World Tour e o Billabong Pipe Masters foi a primeira em cinco finais neste ano. O australiano foi vice-campeão mundial quatro vezes, em 2002, 2004, 2009 e 2011, mas agora finalmente festejou o seu primeiro título para consolidar a carreira como um dos melhores surfistas de todos os tempos.
“Um dia você acorda se sentindo bem e no dia seguinte um perdedor”, conta Parkinson. “Esta manhã eu acordei me sentindo um campeão. Como o Andy (Irons) sempre dizia: ´Eu tenho isso, hein?´ Eu dedico este título para o meu pai, que sempre me levava para os campeonatos desde quando eu tinha 10 anos de idade, para a minha esposa, minha mãe, meus filhos, isso é tudo pra nós”.
Após festejar o título mundial, Joel Parkinson voltou ao mar para derrotar o compatriota Josh Kerr na final, coroando a conquista com vitória no Billabong Pipe Masters em memória a Andy Irons. Mesmo vencendo só uma etapa no ano, o australiano fez uma das temporadas mais impressionantes da história do ASP World Tour, apresentando um índice de 73,4% de aproveitamento dos pontos nos oito resultados computados no ranking.
Joel Parkinson (Foto: Kelly Cestari / ASP Images)
Joel Parkinson (Foto: Kelly Cestari / ASP Images)
RESULTADOS NO ASP WCT 2012:
5.o lugar no Quiksilver Pro Gold Coast
3.o lugar no Rip Curl Pro Bells Beach
2.o lugar no Billabong Rio Pro no Brasil
9.o lugar no Volcom Fiji Pro
2.o lugar no Billabong Pro Tahiti
2.o lugar no Hurley Pro Trestles
3.o lugar no Quiksilver Pro France
3.o lugar no Rip Curl Pro Portugal
5.o lugar no O´Neill Coldwater Classic
Campeão do Billabong Pipe Masters
Kelly Slater chegou a assumir a ponta do ranking na sexta-feira, quando derrotou o brasileiro Miguel Pupo na última repescagem para as quartas de final, com um novo e definitivo recorde de 19,27 pontos. Nas quartas de final, tirou sua primeira nota 10 no campeonato para superar por pouco o havaiano Shane Dorian com o segundo maior placar do Billabong Pipe Masters, 18,73 a 18,20 pontos. Porém, na semifinal não achou nada de ondas e Josh Kerr levou a melhor porque começou bem com um tubaço no Backdoor que valeu nota 9,20.
“Veio tudo de uma vez só, título mundial, Pipe Master, é surreal isso”, continuou Parkinson. “Achei que ia ser aquela pressão toda como anos atrás. Eu sabia que não tinha nada que eu pudesse fazer. Eu tinha que fazer a minha parte e ele (Slater) a parte dele, que tinha a bateria com o local do pico, Shane Dorian, e eu sabia que o (Josh) Kerr era um perigo para ele. Quando o Kerr pegou aquele tubo no início, senti um negócio como se fosse vomitar e não consegui controlar minhas emoções naqueles momentos finais. Foi tudo muito louco”.
Kelly Slater (Foto: Kelly Cestari / ASP Images)
Kelly Slater (Foto: Kelly Cestari / ASP Images)
Apesar da derrota na semifinal e de não conseguir o 12.o título mundial em 2012, Slater foi reflexivo e gracioso em honrar Joel Parkinson no palco, para a multidão que lotou Pipeline na sexta-feira.
“Eu perdi a etapa do Brasil porque tive um corte no meu calcanhar e não conseguia realmente surfar”, lembrou Kelly Slater, sobre sua ausência no Billabong Rio Pro. “Pensei apenas em descansar e ficar focado nas próximas etapas. Venci em Fiji, mas o pior foi em Teahupoo. Eu fiz dois ou três erros consecutivos contra o Ricardo (dos Santos), que tirou um 9,8 nos últimos segundos para me vencer. Depois ganhei em Trestles e na França, mas tudo começou a desmoronar em Portugal, onde não fui bem e nem em Santa Cruz (EUA). Por alguma razão, foi tudo na direção do Parko. Ele está no circuito por 10, 11 anos, sempre na caça do título mundial desde o começo, é um surfista incrível, um cara que faz tudo parecer fácil, então parabéns a ele pelo título”.
BRASILEIROS – Os brasileiros não conseguiram aproveitar as duas chances de classificação para as quartas de final e terminaram em nono lugar no Billabong Pipe Masters. Eles até surfaram bons tubos no último dia, mas Gabriel Medina perdeu por pouco para o australiano Yadin Nicol no placar encerrado em 13 a 12 pontos, enquanto Miguel Pupo não teve qualquer chance contra um inspirado Kelly Slater, que surfou dois tubos incríveis para fazer o recorde de pontos neste ano no templo sagrado do esporte na ilha de Oahu.
Com o encerramento da temporada 2012, cinco brasileiros se classificaram para o WCT do ano que vem. Como Gabriel Medina não conseguiu passar para as quartas de final em Pipeline, Adriano de Souza permaneceu no seleto grupo dos top-5 da ASP e ele em sétimo lugar. O também paulista Miguel Pupo foi o 17.o e o catarinense Alejo Muniz o 18.o no ranking que garantia até o 22.o colocado na divisão de elite do ASP Tour. A novidade no time verde-amarelo é o jovem ubatubense Filipe Toledo, que foi um dos dez indicados pelo ranking unificado.
O carioca Raoni Monteiro também continua no WCT, pois recebeu um dos dois wildcards (convites) que a ASP reserva para os atletas que se contundiram na temporada completarem os top-34 do ASP Tour. O cearense Heitor Alves e o potiguar Jadson André não conseguiram confirmar suas permanências em nenhuma das duas listas classificatórias e saíram da elite. Já o catarinense Willian Cardoso terminou pelo segundo ano consecutivo como segundo “alternate” para substituir alguma ausência nas etapas. O primeiro é o norte-americano Patrick Gudauskas.
FINAL DO BILLABONG PIPE MASTERS:
Campeão: Joel Parkinson (AUS) com 17,17 pontos (9,17+8,00) – US$ 75.000 e 10.000 pontos
Vice-campeão: Josh Kerr (AUS) com 14,83 (notas 7,83+7,00) – US$ 30.000 e 8.000 pontos
SEMIFINAIS – 3.o lugar – US$ 17.500 e 6.500 pontos:
1.a: Joel Parkinson (AUS) 14.63 x 17.30 Damien Hobgood (EUA)
2.a: Josh Kerr (AUS) 11.13 x 4.90 Kelly Slater (EUA)
QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar – US$ 13.750 e 5.200 pontos:
1.a: Damien Hobgood (EUA) 9.83 x 9.17 Sebastien Zietz (HAV)
2.a: Joel Parkinson (AUS) 12.50 x 9.40 C. J. Hobgood (EUA)
3.a: Josh Kerr (AUS) 15.00 x 12.17 Yadin Nicol (AUS)
4.a: Kelly Slater (EUA) 18.73 x 18.20 Shane Dorian (HAV)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Billabong Pipe Masters - evento segue parado !!


Billabong Pipe Masters
Billabong Pipe Masters é adiado pelo terceiro dia consecutivo. Foto: © ASP / Cestari.
O Billabong Pipe Masters foi adiado pelo terceiro dia consecutivo, no North Shore de Oahu, Hawaii.

Um novo swell deve começar a ganhar força nesta quinta-feira e atingir seu ápice na sexta.

Duas das quatro baterias da quarta fase já foram disputadas, com o havaiano Sebastian Zietz e o australiano Joel Parkinson garantindo seus nomes nas quartas-de-final.

Nas próximas duas baterias, os paulistas Gabriel Medina e Miguel Pupo também tentam avançar direto às quartas, evitando a repescagem.

Medina enfrenta o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater (EUA) e o australiano Josh Kerr, enquanto Pupo mede forças com o aussie Yadin Nicol e o havaiano Shane Dorian.

Além dos atletas classificados às quartas e dos que ainda vão disputar os duelos pendentes da quarta fase, a competição conta com o australiano Kieren Perrow e os norte-americanos Dane Reynolds, Damien e C.J. Hobgood, escalados na repescagem (quinta fase).

A próxima chamada para avaliação das condições do mar acontece nesta quinta, às 14:30 horas (horário Brasília).

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Pena Nordeste Amador - Michael Rodrigues leva moto para o Ceará


Pena Nordeste Amador
Michael Rodrigues volta para o Ceará com uma motoca zerada na bagagem. Foto: Lima Jr.
Sol, praia lotada, boas ondas, muito surf e a vibe de Baía Formosa (RN) foram o cenário da festa de encerramento do Circuito Nordestino de Surf Amador, o Pena Surf Nordeste 2012 que coroou o cearense Michael Rodrigues campeão Júnior e o paraibano Saulo Carvalho na Open.

Clique aqui para ver as fotos

A máquina de direitas do Pontal funcionou durante os três dias de evento e proporcionou aos atletas uma excelente condição para apresentarem suas performances na corrida pelo título da temporada.

Baía Formosa completou quatro anos no calendário do Tour, sempre recebendo a caravana do PSN com uma excelente estrutura. Segundo o Prefeito Nivaldo Melo, a cidade continuará de braços abertos para realização da prova, sempre buscando incentivar o surf local e continuar revelando os talentos da terra para o cenário nacional.

Nordeste bem representado Na Iniciante, o pequeno Douglas José, de Pernambuco, atleta da nova geração de Maracaípe, superou com facilidade seus adversários. Tirou a invencibilidade do cearense Rafael Venuto, que venceu as quatro edições anteriores e já havia conquistado a taça do PSN no pico de treino de Douglinhas.

Os potiguares Raul Bormann e Gabriel Bruno, mesmo com todo o apoio da galera terminaram em terceiro e quarto, respectivamente.

Para compensar, o local Jackson Rodrigues, que tem muita intimidade com as valas de BF, surfou as melhores ondas na Mirim, arrancou aplausos com belas apresentações que renderam notas 7,50 e 7,67, totalizando 15,17, segunda melhor média das finais, representando o seu estado no topo do pódio.

O cearense Rafael Tigrão ainda tentou ameaçar Jackson, mas não conseguiu fazer o 6,84 que precisava e ficou com o vice-campeonato. Seu conterrâneo, Jenninfer de Sousa, ficou com a terceira colocação e o paraibano Elivelton Santos, que não se encontrou nas direitas, ocupou o quarto posto.

Mesmo assim, o índio voador garantiu o segundo título de campeão do PSN na categoria.

A cearense Larissa dos Santos estava inspirada na final Feminino e impressionou os juízes com muito estilo e surf no pé.  A atual campeã brasileira defendeu com unhas e dentes o título de 2011. Na sua primeira onda, saiu manobrando forte até a beira para arrancar 7,83, liderou com folga todo o embate e, na sua última apresentação foi quase perfeita, sendo premiada com um 9,33, registrando o maior placar do dia 17,16, deixando suas oponentes Juliana Sousa (2º), que também estava na briga pelo caneco da temporada, e as paraibanas Carol Souza (3°) e Rayssa Fernandes (4º) precisando de uma combinação de notas. 

O esquadrão cearense formado por Michael Rodrigues, Jhone Fran e Rafael Venuto disputou a Júnior com o paraibano José Francisco, que buscava a segunda moto oferecida ao campeão de 2012. Mas quem levou a melhor foi Michael, que entrou no mar com sede de vitória e disposto a sair de Baía Formosa com a chave da moto na mão.

Ele começou forte, arrancando pontos fundamentais para sacramentar sua vitória no confronto mandando seu arsenal potente de manobras. Com 14,83, Michael deixou o atleta Jhone Fran que estava surfando bem à vontade, como se estivesse em casa, em segundo, Fininho em terceiro e Venuto em quarto, para sair do Pontal motorizado e com a taça da etapa. 

“Mais feliz que isso impossível. A bateria foi tensa, valia a moto e o título do circuito, mas consegui fazer duas ondas boas e fiquei tranquilo para administrar o resultado. Estou amarradão com esse resultado. Tenho treinado muito focado e fecho 2012 com meus objetivos realizados”, disse Michael Rodrigues.

O paraibano Saulo Carvalho estava impossível com seu backside forte e afiado,  considerado um dos melhores da prova que renderam vários scores altos e a presença em três finais (Open, Master e Sênior). 

Na Sênior, ficou em segundo na batalha vencida pelo paraibano Paulo Germano. Na Master, Saulinho perdia para o anfitrião José Maria, mas nos minutos finais virou a seu favor, levando também o título da temporada. Para fechar com chave de ouro sua participação, usou toda a sua experiência e ditou o ritmo para bater a nova geração representada por Michael Rodrigues, em segundo, Saulo Barros (CE), em terceiro e José Francisco, quarto. 

“Essa onda de Baía Formosa é muito boa, dá toda a condição de executar manobras fortes, aqui é como se fosse minha segunda casa, treino direto no Pontal. Estou até emocionado em conseguir fazer três finais e vencer em duas, principalmente a Open, onde meus adversários eram atletas da novíssima safra do surf nordestino”, falou Saulo.

Raimundo Bernardo Pena, proprietário da marca patrocinadora do evento foi ovacionado pelo seu desempenho e vitória na Veteran. Cardoso Jr., seu conterrâneo e colecionador de títulos, ficou com a taça de campeão do tour.

A disputa por equipes fechou o Pena Surf Nordeste 2012. Disputas emocionantes foram travadas pelos times do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Com 78,03, os atletas Saulo Barros, Michael Rodrigues, Jhone Fran e Rafael Venuto, comandados pelo técnico Hélio Bacana, fizeram a festa nas areias de BF para comemorar o título regional, já que tinham conseguido no final de semana passado o nacional. Paraíba foi vice e o Rio Grande do Norte terceiro.

A quinta e última etapa do Pena Surf Nordeste 2012 contou com o patrocínio da marca Pena, Prefeitura Municipal de Baía Formosa, Secretaria de Esporte e Lazer –SEEL e Emprotur. Realização da Top 16 Promoções, FESURF e ANS. Apoio Rádio Mix 103,9 FM e Blocos Teccel. Divulgação dos sites cearasurf, Waves, vida surf, surfguru, surfbahia, surfPE, ondulação, manobra radical, mentalvídeos.tve conexaosurf, revistas Fluir, Surfar, Parafina e Beach Show e canail Woohoo.

Resultados da quinta e última etapa do Pena Surf Nordeste 2012

Mirim

1 Jackson Rodrigues (RN) - 15.17 
2 Rafael Tigrão (CE)  - 12.34 
3 Jennifer de Sousa (CE) -  9.93 
4 Elivelton Santos (PB)  - 9.80

Campeão do Circuito 2012 Elivelton Santos (PB) 

Iniciante

1 Douglas José (PE)  - 11.27 
2 Rafael Venuto (CE)  - 9.53 
3 Raul Bormann (RN) - 8.34 
4 Gabriel Bruno (RN) - 7.57 

Campeão do Circuito 2012 Rafael Venuto (CE)  

Júnior                                                

1 Michael Rodrigues (CE) - 14.83 
2 Jhone Fran (CE) - 12.27 
3 José Francisco (PB) - 10.50 
4 Rafael Venuto (CE) - 9.23 

Campeão do Circuito 2012 Michael Rodrigues (CE)

Feminino                                            

1 Larissa dos Santos (CE) - 17.16 
2 Juliana Sousa (CE) - 9.14 
3 Carol Souza (PB) - 8.33 
4 Rayssa Fernandes (PB) - 7.80 
Campeão do Circuito 2012 – Larissa dos Santos (CE)

Longboard                                         

1 Geraldo Lemos (CE) - 17.06 
2 Alessandro Mendes (PB) - 10.67 
3 Jhony Quest (CE) - 8.74 
4 Romualdo Nascimento (PE) - 7.50 

Campeão do Circuito 2012 Geraldo Lemos (CE)

Master

1 Saulo Carvalho (PB) - 13.04 
2 João Maria (RN) - 12.80 
3 Chicó Nascimento (RN) -10.33 
4 Fabrício Junior (RN)                    

Campeão do Circuito 2012 Saulo Carvalho (PB)

Sênior

1 Paulo Germano (PB) - 11.57 
2 Saulo Carvalho (PB) - 9.83 
3 Emanoel de Sousa (RN) - 8.74 
4 Junior Rocha (RN) - 6.60 

Campeão do Circuito 2012 Emanuel de Sousa (RN)

Veteran                                    

1 Raimundo Pena (CE) - 11.00 
2 Cardoso Junior (CE) - 6.37 
3 Sávio Henrique (RN) - 6.00 
4 Fernando Neguinho (RN) - 5.50 
Campeão do Circuito 2012 Cardoso Jr. (CE)

Open                                        

1 Saulo Carvalho (PB) - 12.17 
2 Michael Rodrigues (CE) - 10.37 
3 Saulo Barros (CE) - 7.07 
4 José Francisco (PB) - 5.56

Campeão do Circuito 2012 José Francisco (PB)

Tag team

1 Ceará – 78,03 
2 Paraíba – 61,50 
3 Rio Grande do Norte – 58,03 
4 Pernambuco – 36,20

Billabong Pipe Masters - Medina e Pupo avançam !!


 

Mais um dia de ondas fantásticas em Pipeline, com as direitas do Backdoor também formando tubos espetaculares no domingo de muitas decisões no Billabong Pipe Masters. A disputa do título mundial ficou só entre Joel Parkinson e Kelly Slater, Sebastien Zietz é o novo campeão da Tríplice Coroa Havaiana e Gabriel Medina também brilhou, batendo os recordes do campeonato nos tubos que surfou em Pipeline, com muito estilo e segurança. Miguel Pupo venceu duas baterias e foi o outro brasileiro que passou para a rodada das duas chances de classificação para as quartas de final no Havaí.
“Foi muito bom competir em Pipe com boas ondas assim”, disse Gabriel Medina. “Estou muito feliz por ter tido esse privilégio. Onde eu moro também tem muitos tubos, surfei lá minha vida toda e acho que isso está me ajudando aqui. Já ouvi pessoas dizendo coisas sobre mim, que não sou capaz de surfar tão bem de backside, que não sei ficar dentro dos tubos, mas não me importo. Eu tenho treinado bastante e acho que estou melhorando cada vez mais”.
Medina estreou na melhor hora do mar, quando as séries de 6-8 pés ficaram mais constantes, com grandes tubos tanto nas esquerdas de Pipeline como nas direitas do Backdoor. No sistema “dual heat format”, idealizado por Kelly Slater, com duas baterias sendo disputadas simultaneamente, o fenômeno brasileiro acabou competindo junto com Joel Parkinson, que começava a defender a liderança do ranking contra o havaiano Kalani Chapman.
Gabriel Medina (Foto: Kirstin Scholtz / ASP Images)
Gabriel Medina parecendo um veterano em Pipeline (Foto: Kirstin Scholtz / ASP Images)
A prioridade de escolha das ondas era da bateria do australiano quando entrou uma série bombando em Pipeline. Chapman pegou a primeira, saiu limpo do tubo e a praia aplaudiu, mas não conseguiu a virada no placar. O australiano entra na de trás atrasando tudo pra encaixar seu backside num grande tubo, mas cai. E na terceira onda surge Gabriel Medina em um tubo incrível, em pé, no melhor estilo “Gerry Lopez”, mestre dos mestres em Pipeline, para ganhar nota 9 dos juízes. Com ela, abre grande vantagem sobre seu adversário, o americano Kolohe Andino.
No fim da bateria do Parko, ele confirma a vitória em um tubaço no Backdoor que igualou a nota 9 de Medina. Só que o brasileiro ainda tinha mais para mostrar. Os australianos Josh Kerr e Bede Durbidge entraram para dividir o “line up” na segunda metade da bateria, mas a prioridade de escolha passou a ser de Gabriel Medina e Kolohe Andino. Logo Medina vem em outro tubo perfeito em Pipeline, some na cortina de água, reaparece com o ”spray” na saída e recebe 9,5 para estabelecer um novo recorde de 18,50 pontos para o Billabong Pipe Masters 2012.
Sacramentada a primeira classificação brasileira para a quarta fase, Josh Kerr e Bede Durbidge seguiram duelando em uma das melhores baterias do dia. Ambos surfaram ótimos tubos e Bede quase consegue a segunda nota 10 do campeonato, mas acaba derrotado por 18,13 a 17,13 pontos. A única nota máxima saiu para o norte-americano Dane Reynolds também nas direitas do Backdoor, para vencer justamente a bateria de estreia de Adriano de Souza na terceira fase. Mineirinho pode até perder seu posto de top-5 do ranking mundial no Havaí.
TÍTULO MUNDIAL – Kelly Slater também deu o seu show e ampliou o recorde de Gabriel Medina para 18,63 pontos, com notas 9,73 e 8,90 nos melhores tubos que surfou contra outro convidado havaiano especialista em Pipeline, Billy Kemper. Com a vitória, Slater segue na briga por mais um título mundial contra Joel Parkinson. Já Mick Fanning, foi eliminado por pouco pelo havaiano Shane Dorian no encerramento da terceira fase e saiu da disputa.
Parkinson já passou para as quartas de final no último confronto do domingo e Slater assume a ponta do ranking se também se classificar, com os dois podendo até decidir o título na grande final. A bateria dele contra Gabriel Medina e Josh Kerr e a do Miguel Pupo com o também australiano Yadin Nicol e o havaiano Shane Dorian,  ficaram para abrir o último dia, que pode ser nesta segunda-feira se as ondas continuarem tão boas quanto no sábado e domingo no Havaí. Ou no swell que está previsto para entrar no próximo fim de semana, já que o prazo do evento só termina no dia 20.
Miguel Pupo (Foto: Kelly Cestari / ASP Images)
Miguel Pupo (Foto: Kelly Cestari / ASP Images)
O mar variou bastante durante o dia. Começou com as direitas do Backdoor proporcionando os melhores tubos nas derrotas de Alejo Muniz para o mesmo Shane Dorian e de Ricardo dos Santos para o australiano Bede Durbidge nos primeiros confrontos do domingo, ainda pela segunda fase da competição. Pipeline passou a bombar os tubos nas esquerdas quando Miguel Pupo conquistou a primeira vitória brasileira do dia, despachando o vencedor da Vans World Cup, Adam Melling, com notas 8,33 e 7,33.
TRÍPLICE COROA – Com este resultado, o havaiano Sebastien Zietz foi consagrado campeão da Tríplice Coroa, levando os prêmios especiais pelos 30 anos da Vans Triple Crown of Surfing, 100 mil dólares em dinheiro, uma moto Harley Davidson e um relógio Nixon cravejado com mais de 200 diamantes, estimado em 10 mil dólares. Isso sem falar que ele ainda confirmou sua entrada no WCT no Havaí e já tinha faturado 40 mil dólares pela vitória no Reef Hawaiian Pro em Haleiwa e 12 mil dólares pelo terceiro lugar na Vans World Cup em Sunset.
Sebastien ainda barrou o campeão da Tríplice Coroa Havaiana do ano passado, John John Florence, depois foi o primeiro a passar para as quartas de final do Billabong Pipe Masters nas últimas baterias do dia. A segunda vaga foi conquistada por Joel Parkinson, que fechou o domingo com mais uma apresentação de gala em Pipeline e no Backdoor contra C. J. Hobgood e Kieren Perrow, que terão outra chance na repescagem. Parko foi tricampeão da Tríplice Coroa de 2008 a 2010, mas nunca venceu o Pipe Masters. No ano passado foi vice na final contra Perrow e eles podem se encontrar de novo nas semifinais.
RUMO AOS TOP-5 – Já Gabriel Medina agora pode até conseguir um lugar no seleto grupo dos top-5 do ranking mundial na sua primeira temporada completa no ASP Tour. Ele tira o também paulista Adriano de Souza dessa lista se ganhar mais uma bateria em Pipeline. E tem duas chances para isso. A primeira é contra Kelly Slater e Josh Kerr. Caso não consiga nessa, já que Slater também vai querer a vitória a qualquer custo porque lhe garante a liderança na corrida pelo título mundial do ASP Tour 2012, tem outra na repescagem.
Miguel Pupo derrotou o francês Jeremy Flores na sua segunda bateria no domingo e vai enfrentar a fera havaiana, Shane Dorian, e o australiano Yadin Nicol na disputa pela última vaga direta para as quartas de final. Dorian já acabou com as chances de Alejo Muniz continuar na busca pela Tríplice Coroa e de Mick Fanning na briga do título mundial. E Nicol é o único que ainda luta pela última vaga no WCT de 2013, mas tem que vencer o Pipe Masters.
BRASIL NO WCT 2013 – Quem também tentava se manter na elite dos top-34 era o cearense Heitor Alves. Ele precisava de um nono lugar no mínimo, ou seja, chegar na fase que estão Gabriel Medina e Miguel Pupo. No entanto, Heitor não achou as ondas, cometeu interferência na primeira que pegou, por disputar com um surfista da outra bateria que tinha prioridade de escolha, sendo facilmente batido pelo defensor do título em Pipeline, Kieren Perrow.
Cinco brasileiros se classificaram para os top-34 do WCT 2013, os paulistas Adriano de Souza, Gabriel Medina, Miguel Pupo, Filipe Toledo e o catarinense Alejo Muniz. O carioca Raoni Monteiro pode ser o sexto, se receber um dos dois wildcards (convites) que a ASP reserva para os atletas que se contundiram durante a temporada, como ele. O outro deve ficar com o havaiano Dusty Payne, eliminado pelo catarinense Ricardo dos Santos na primeira fase.
QUARTA FASE – 1.o=Quartas de Final / 2.o e 3.o=Repescagem:
1.a: 16.40=Sebastien Zietz (HAV), 14.17=Damien Hobgood (EUA), 9.96=Dane Reynolds (EUA)
2.a: 18.10=Joel Parkinson (AUS), 6.20=C. J. Hobgood (EUA), 5.83=Kieren Perrow (AUS)
———-ficaram para abrir o último dia:
3.a: Kelly Slater (EUA), Gabriel Medina (BRA), Josh Kerr (AUS)
4.a: Miguel Pupo (BRA), Yadin Nicol (AUS), Shane Dorian (HAV)
TERCEIRA FASE – Vitória=Quarta Fase / Derrota=13.o lugar – US$ 8.500 e 1.750 pontos:
1.a: Sebastien Zietz (HAV) 15.00 x 7.83 John John Florence (HAV)
2.a: Damien Hobgood (EUA) 16.10 x 10.83 Owen Wright (AUS)
3.a: Dane Reynolds (EUA) 17.83 x 10.66 Adriano de Souza (BRA)
4.a: Kieren Perrow (AUS) 14.16 x 13.17 Julian Wilson (AUS)
5.a: C. J. Hobgood (EUA) 11.60 x 8.87 Jordy Smith (AFR)
6.a: Joel Parkinson (AUS) 16.17 x 13.50 Kalani Chapman (HAV)
7.a: Gabriel Medina (BRA) 18.50 x 14.06 Kolohe Andino (EUA)
8.a: Josh Kerr (AUS) 18.13 x 17.13 Bede Durbidge (AUS)
9.a: Kelly Slater (EUA) 18.63 x 15.50 Billy Kemper (HAV)
10: Yadin Nicol (AUS) 12.83 x 11.66 Taj Burrow (AUS)
11: Miguel Pupo (BRA) 11.83 x 10.10 Jeremy Flores (FRA)
12: Shane Dorian (HAV) 15.67 x 15.07 Mick Fanning (AUS)

domingo, 9 de dezembro de 2012

Surfer Poll Awards - Medina super premiado !!


Surfer Poll Awards

Gabriel Medina comemora premiação ao lado da parceira de equipe Alana Blanchard. Foto: Divulgação Rip Curl.
Kelly Slater e Stephanie Gilmore ao lado de Kai Neville, diretor do filme do ano Dear Suburbia. Foto: Ellis / Surfer.
O Surfer Poll Awards, tradicional cerimônia promovida pela revista norte-americana Surfer, rolou na última quinta-feira no Turtle Bay Resort, North Shore de Oahu, Hawaii. 

Muitos esperavam uma surpresa, mas não foi o que aconteceu. O 11 vezes campeão mundial Kelly Slater conquistou o título máximo da noite pela 19ª vez, enquanto a australiana Stephanie Gilmore levantou o caneco entre as mulheres.

Mas os brasileiros têm um bom motivo para comemorar. Aos 18 anos, Gabriel Medina terminou em quarto e tornou-se o primeiro brasileiro a integrar o top 10 do Surfer Poll Awards, atrás apenas de Kelly, John John Florence (2o) e Dane Reynolds (3o). 

O paulista de São Sebastião ainda conquistou o prêmio A.I. Breakthrough Performer Award, destinado ao surfista com as performances mais arrasadoras do ano. O troféu foi entregue das mãos de John John, vencedor do ano passado.

Além da terceira colocação, o californiano Dane Reynolds também recebeu o prémio de Performer Of The Year, graças à sua atuação no filme Dear Suburbia, eleito o melhor de 2012.

Confira abaixo a lista de ganhadores do Surfer Poll Awards 2012.

Best Barrel
 Reef McIntosh

Movie Of The Year
 
Dear Suburbia

Best Documentary "Electric Blue Heaven" de Joe G. e Dion Agius.

Heavy Award
 Shane Dorian

A.I. Breakthrough Performer Award
 Gabriel Medina

Agent Of Change Paddle2Live

Worst Wipeout Mark Mathews

Best Performance Dane Reynolds

Masculino

1 Kelly Slater (EUA)
2 John John Florence (Haw)
3 Dane Reynolds (EUA)
Gabriel Medina (Bra)
5 Mick Fanning (Aus)
6 Joel Parkinson (Aus)
7 Julian Wilson (Aus)
8 Taj Burrow (Aus)
9 Jordy Smith (Afr)
10 Owen Wright (Aus)

Feminino

1 Stephanie Gilmore (Aus)
2 Alana Blanchard (Haw)
3 Coco Ho (Haw)
4 Carissa Moore (Haw)
5 Sally Fitzgibbons (Aus)

Billabong Pipe Masters - Ricardinho começa com tudo !!


Com um drop incrível em uma onda de mais de 3 metros de altura em Pipeline, o catarinense Ricardo dos Santos pegou o tubo que valeu a primeira vitória brasileira no Billabong Pipe Masters. O maior espetáculo do ASP World Tour foi iniciado às 11 horas do sábado no Havaí, em ondas de 4-6 pés que foram subindo durante o dia, com as maiores séries entrando com 10 pés na rasa bancada de Pipeline. Foi em uma delas que Ricardinho conseguiu a nota 8 para despachar o havaiano Dusty Payne no primeiro dia da etapa que fecha a temporada 2012 da ASP até o dia 20 na ilha de Oahu.
“É assim que as coisas acontecem aqui em Pipe”, disse Ricardo dos Santos, em entrevista na cabine da transmissão ao vivo em português pela internet. “Aqui você tem que estar preparado para o imprevisto. Nós, brasileiros, já estamos acostumados a ter que remar na última hora, quando alguém puxa o bico, ou amarela e deixa a onda passar. Pode ser estranho para o Dusty Payne, que surfa a onda que quer, quando quer, porque é daqui. Então, acho que esse treinamento forçado ao longo dos nove anos que eu venho pro Havaí, fez a diferença agora”.
Ricardo dos Santos (Foto: Kirstin Scholtz / ASP Images)
Ricardo dos Santos estreando com vitória no Pipe Masters (Foto: Kirstin Scholtz / ASP Images)
O catarinense da Guarda do Embaú tem só 22 anos e é um dos melhores ´tuberiders´ da nova geração. Ele participa do Pipe Masters como convidado da Billabong do Brasil, marca que o patrocina. Neste ano, Ricardinho já conseguiu um feito inédito no Billabong Pro Tahiti, sendo o primeiro bicampeão consecutivo da história das triagens nos temidos tubos de Teahupoo. É a primeira vez que ele compete no Pipe Masters e agora vai enfrentar o australiano Bede Durbidge no segundo duelo do domingo, que promete ser de grandes ondas no Havaí.
“Eu fiquei bem ansioso, nervoso até, em não perder essa oportunidade gigante de surfar Pipeline só com mais três caras na água e a primeira bateria é sempre complicada. Então, eu tinha que ir naqueles tubos e é o que eu sei fazer”, falou Ricardinho. “O Bede (Durbidge) é um cara que já venceu o Pipe Masters e não existe bateria fácil no WCT. Cada bateria é uma batalha, então eu tenho que estar bem calmo, preparado e manter a humildade sempre em primeiro lugar pra fazer a coisa certa. Todo mundo aqui tem o potencial de vencer e a questão é pegar a melhor onda e fazer o melhor tubo possível”.
TRÍPLICE COROA – Antes de Ricardinho, o também catarinense Alejo Muniz, de Bombinhas, estreia no primeiro confronto do domingo com um dos especialistas em Pipeline convidados para o Billabong Masters. Esta etapa tem um formato diferente das outras do ASP Tour, com 48 competidores, sendo quatorze convidados, a maioria do Havaí. As exceções foram Ricardo dos Santos, o norte-americano Dane Reynolds e o irlandês Glenn Hall. Os top-34 foram divididos em três fases eliminatórias, sem repescagem para um primeiro tropeço como nas outras.
Alejo é um dos doze que entram na segunda rodada e está na briga direta pelo título da Tríplice Coroa Havaiana, que vale 100 mil dólares, uma moto Harley Davidson e um relógio Nixon cravejado de diamantes, prêmios especiais da edição comemorativa dos 30 anos da Vans Triple Crown of Surfing. Ele divide a segunda posição neste ranking com o australiano Adam Melling. O líder é Sebastien Zietz, que já passou pela primeira fase. O adversário de Alejo Muniz é outro havaiano, o veterano Shane Dorian, que acabou com as chances do americano Patrick Gudauskas tentar se manter na elite do ASP Tour.
Jamie O´Brien (Foto: Kelly Cestari / ASP Images)
Jamie O´Brien fez os recordes do dia contra Jadson André, mas já perdeu (Foto: Kelly Cestari / ASP Images)
DESPEDIDA DA ELITE – Quem também se despediu do Dream Tour no sábado foi Jadson André. O potiguar lutou bastante, foi em várias ondas, surfou um belo tubo, mas a parada era dura contra um dos maiores especialistas em Pipeline, Jamie O´Brien. O havaiano fez os recordes do dia nessa bateria, totalizando imbatíveis 16,34 pontos com a nota 8,67 do tubo mais incrível do sábado no templo sagrado do esporte. A segunda maior nota foi dele também, mas o 8,57 que recebeu no último duelo do dia, não foi suficiente para bater o americano C. J. Hobgood.
O carioca Raoni Monteiro também estava escalado para estrear na primeira fase, mas voltou a se contundir enquanto treinava no Havaí e teve que cancelar sua participação, sendo substituído pelo havaiano Granger Larsen. Raoni é forte candidato a receber um dos dois wildcards (convites) que a ASP reserva aos atletas que se contundiram durante a temporada, para completar a elite dos top-34 do ano seguinte. O outro deve ser o havaiano Dusty Payne, que foi barrado por Ricardo dos Santos e igualmente está fora das duas listas classificatórias para 2013.
VAGAS NO WCT 2013 – Os únicos que ainda podem conseguir vaga no Billabong Pipe Masters são o cearense Heitor Alves e o australiano Yadin Nicol. O brasileiro ultrapassa os últimos dos top-22 do WCT que permanecem na elite se passar uma bateria em Pipeline, desde que eles percam. Mas, para não depender de nenhuma combinação de resultados dos outros atletas, precisa no mínimo de um nono lugar. Ou seja, terá que vencer mais uma bateria para ganhar a vaga do português Tiago Pires, que é o último colocado na lista dos dez indicados pelo ranking unificado da ASP e já foi eliminado no sábado.
O problema é que o cearense vai encarar o defensor do título do Pipe Masters, Kieren Perrow, logo em sua estreia no confronto que fecha a segunda fase. O paulista Miguel Pupo completa a relação dos quatro brasileiros que vão disputar classificação para enfrentar os primeiros do ranking na terceira rodada da competição. Pupo participa do quinto duelo do domingo com o australiano Adam Melling, que vem de vitória na Vans World Cup em Sunset Beach.
Os paulistas Adriano de Souza e Gabriel Medina fazem parte da lista dos doze cabeças de chave da terceira fase, assim como os três concorrentes ao título mundial da temporada, Joel Parkinson, Kelly Slater e Mick Fanning, além do atual campeão da Tríplice Coroa Havaiana, John John Florence. No Havaí, eles entram já disputando vagas para as duas rodadas classificatórias para as quartas de final do Billabong Pipe Masters.
DUAL HEAT FORMAT – Além dos quatorze convidados, outro diferencial da última etapa do ASP World Tour é o formato da competição, realizado no sistema “dual heat format”, idealizado por Kelly Slater. São duas baterias disputadas simultaneamente, com quatro competidores no mar. Os componentes da que começou antes, têm prioridade de escolher as melhores ondas na primeira metade do tempo da bateria. No restante, a preferência passa para os dois que entraram depois e assim sucessivamente, sempre quando tiverem quatro surfistas disputando ondas.
PRIMEIRA FASE – Vitória=Segunda Fase / Derrota=37.o lugar – US$ 7.000 e 500 pontos:
1.a: Kieren Perrow (AUS) 15.00 x 9.50 Evan Valiere (HAV)
2.a: Kolohe Andino (EUA) 6.50 x 6.26 Tyler Newton (HAV)
3.a: Kalani Chapman (HAV) 15.83 x 5.70 Tiago Pires (PRT)
4.a: Yadin Nicol (AUS) 15.33 x 9.76 Flynn Novak (HAV)
5.a: Fredrick Patacchia (HAV) 8.43 x 5.93 Tanner Hendrickson (HAV)
6.a: Billy Kemper (HAV) 11.00 x 10.17 Taylor Knox (EUA)
7.a: Adam Melling (AUS) 11.66 x 7.73 Bruce Irons (HAV)
8.a: Jamie O´Brien (HAV) 16.34 x 9.94 Jadson André (BRA)
9.a: Shane Dorian (HAV) 14.50 x 9.83 Patrick Gudauskas (EUA)
10: Ricardo dos Santos (BRA) 14.73 x 7.84 Dusty Payne (HAV)
11: Dane Reynolds (EUA) 11.34 x 3.10 Granger Larsen (HAV)
12: Sebastien Zietz (HAV) 14.27 x 10.77 Glenn Hall (IRL)
SEGUNDA FASE – Vitória=Terceira Fase / Derrota=25.o lugar – US$ 7.000 e 500 pontos:
1.a: Kalani Chapman (HAV) 13.84 x 10.60 Adrian Buchan (AUS)
2.a: Billy Kemper (HAV) 9.33 x 5.04 Michel Bourez (TAH)
3.a: C. J. Hobgood (EUA) 15.17 x 13.57 Jamie O´Brien (HAV)
———-ficaram para abrir o domingo:
4.a: Alejo Muniz (BRA) x Shane Dorian (HAV)
5.a: Bede Durbidge (AUS) x Ricardo dos Santos (BRA)
6.a: Travis Logie (AFR) x Sebastien Zietz (HAV)
7.a: Kai Otton (AUS) x Dane Reynolds (EUA)
8.a: Miguel Pupo (BRA) x Adam Melling (AUS)
9.a: Damien Hobgood (EUA) x Fredrick Patacchia (HAV)
10: Matt Wilkinson (AUS) x Yadin Nicol (AUS)
11: Brett Simpson (EUA) x Kolohe Andino (EUA)
12: Heitor Alves (BRA) x Kieren Perrow (AUS)