quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Rip Curl Pro Portugal - Raoni derruba Slater !!


Rip Curl Pro
Kelly Slater se dá mal em duelo com Raoni Monteiro e comenta decepção em Supertubos. Foto: Carlos Muriongo.
Raoni ganha força em seu retorno à elite mundial. Foto: Carlos Muriongo.
O norte-americano Kelly Slater não conseguiu sobreviver ao duelo com o brasileiro Raoni Monteiro na terceira fase do Rip Curl Pro, etapa do WCT que rola em Supertubos, Portugal.

A sequência de vitórias do 11 vezes campeão mundial foi interrompida nesta quinta-feira, em ondas de até 2 metros e formação irregular.

Em condições muito difíceis, com as ondas fechando bastante no início do dia, Raoni somou 3.70 e 5.50, contra apenas 2.67 e 2.60 do norte-americano.

Depois de vencer em Trestles (EUA) e na França, Slater ficou muito abalado com a derrota, que complica sua situação no ranking mundial.

"Está muito difícil lá fora, hoje. Surfei mais 15 minutos depois da minha bateria e não peguei nenhuma onda boa. Eu não sei o que dizer, às vezes é questão de sorte. Se você pegar o lugar certo na correnteza, ou ficar fora da corrente ruim, e encontrar uma intermediária, talvez possa fazer alguma coisa. É difícil, mas Julian (Wilson) fez um 10. Em 45 minutos (30 de bateria e 15 de free surf), não fiz uma nota acima de 3. Estou frustrado comigo mesmo por ficar aborrecido. Para ser sincero, eu não deveria ter caido na água. Deveria ter dito que estava muito ruim e não poderia surfar, mas Joel (Parkinson) estava fazendo umas notas 6 e 7 e provavelmente estavam olhando para o relógio e dizendo que nós deveríamos finalizar isso. Eu não conversei com Damien (Hardman) - diretor de prova - antes da bateria e não falei com outros surfistas. Apenas saí andando e disse que achava que estávamos surfando… foi mal", lamenta Slater.

Com a eliminação de Slater, seus principais concorrentes na briga pelo título ganham muita força. Joel Parkinson (1o), Mick Fanning (3o) e John John Florence (4o) passaram pela terceira fase e seguem em busca de preciosos pontos na prova.

"Foi uma bateria crucial. É uma fase pela qual você realmente quer passar porque a fase seguinte tem muitos pontos a oferecer. É só passar mais uma bateria e você terá mais duas chances na competição. Se fosse uma bateria com três homens e tivesse sido tão ruim, diria que não teria problema porque você não perde. É frustrante cair sem poder surfar ou ter chances de enfrentar mais alguém. Joel, Mick e John John são muito bons nessas condições. John John é fatal nesse tipo de onda e acho que Mick também vai encontrar as ondas".

O título mundial da temporada será destinado ao surfista que apresentar os oito melhores resultados em 10 etapas disputadas. Slater possui três vitórias (Fiji, Trestles e França), mas não compareceu à etapa no Brasil e agora tem dois 13os (Tahiti e Portugal).

"Quando você começa a descartar resultados, o problema é que começo a carregar um 13o agora. É uma pontuação baixa e abre 8 mil pontos ou alguma coisa para alguém chegar em minha frente agora. Isso pode tornar a briga emocionante", continua o norte-americano.

Agora, ele tem mais dois desafios pela frente. A próxima etapa rola em Santa Cruz, Califórnia (EUA), entre 1 e 11 de novembro. Em dezembro, a decisão rola em Pipeline, Hawaii.

"Não é o fim do mundo. Ninguém morreu, apenas perdi uma bateria. É uma chatice para mim, mas é desse jeito que as coisas são. Só há um caminho a percorrer em Santa Cruz para mim. Já surfei lá uma vez e fiquei em último na minha primeira bateria, em 1994, se não me engano. Vamos ver o que acontece. Se tiver onda, haverá muitas oportunidades para surfar numa bateria, mas espero saber lidar com a maré cheia e muito backwash. Não há muita variedade nessas ondas quando a maré está cheia e as ondas pequenas, mas se nós pegarmos um swell, haverá muitas intermediárias no meio. Você pode esperar os goofyfooters indo para a esquerda e mandando aéreos altos contra o vento. Ouvi falar que existe possibilidade de locomover o evento para Ocean Beach, então veremos o que acontece".

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