Temos que preservar a raça humana !!
NA LATA - por FERNANDO PEREIRA
Médico, surfista, de bom papo e sorriso fácil, Artur Tavares é figurinha fácil nos picos de surfe pernambucano nos finais de semana. Ele é também um dos maiores militantes do Movimento A Praia é Nossa que defende o Manifesto P5, o qual provocou a ira de grupos ambientalistas e de alguns representantes do governo estadual.
Leia abaixo a entrevista exclusiva cedida por Artur Tavares para o Surf do Brasil.
Surf do Brasil - o que é o movimento a praia é nossa e o manifesto P5 ?
Arthur Tavares - Queremos o fim do risco de ataque de tubarões na praia onde vivemos. Somente
isso!
Já faz exatamente duas décadas que, por
desequilíbrio do nosso bioma litorâneo, algumas espécies não nativas infestam o
balneário mais importante do nordeste do país. As medidas tomadas pelos
sucessivos governantes resumiram-se a criar e manter um Comitê (CEMIT) cujo
interesse científico perpetuou a presença dos tubarões com o fim de estudá-los
e não de resolver a questão do risco que eles representam para os banhistas. Assim,
o Governante se eximiu de qualquer culpa pois tomou uma ação e o Comitê
arranjou um bode expiatório que é o surfista que teimosamente insiste em
sobreviver aos ataques ao contrário das centenas de banhistas dados como
afogados.
Entram de massa de manobra nessa história os eco-sharklovers com discurso de gado tocado pro curral!
Entram de massa de manobra nessa história os eco-sharklovers com discurso de gado tocado pro curral!
Seguem abaixo os cinco argumentos do Manifesto P5.
1- O controle populacional dessas espécies que infestam a nossa praia nunca vai colocá-la em risco de extinção!!
2- Em outros casos semelhantes, como ocorreu
recentemente na foz do Rio Zambeze (África), a medida tomada foi a pesca
controlada e monitorizada continuamente para evitar novos ataques, assim como
em qualquer lugar do mundo onde a presença de tubarões que tentam criar um
território fixo numa costa habitada por banhistas é imediatamente combatida com
sua captura para o bem da raça humana.
3- Lugar de tubarão assassino é no alto mar: a praia é nossa!
4- Eles não chegaram primeiro! Nunca houve um sharkattack antes de 1992! Também se forem pescados não vão levar a nenhum agravamento do desequilíbrio do ecossistema (o Dr. sabe disso!).
3- Lugar de tubarão assassino é no alto mar: a praia é nossa!
4- Eles não chegaram primeiro! Nunca houve um sharkattack antes de 1992! Também se forem pescados não vão levar a nenhum agravamento do desequilíbrio do ecossistema (o Dr. sabe disso!).
QUEREMOS E PODEMOS!!
EXIGIMOS QUE NOVAS MEDIDAS SEJAM TOMADAS PARA REALMENTE RESOLVER A
QUESTÃO!
VAMOS PARAR DE POTEGER OS TUBARÕES, POIS SE FOR PRA PROTEGER A RAÇA
HUMANA TERÍAMOS DE FECHAR A PRAIA PARA OS BANHISTAS TAMBÉM, ACABANDO COM ESSA
HIPOCRISIA DE QUE APENAS O SURFISTA TEIMOSO E IRRESPONSÁVEL É QUE INSISTE EM SE
EXPOR AO RISCO.
divulgação na internet do movimento A PRAIA É NOSSA !!
SB - Vocês (Movimento A Praia é Nossa) acham que ataques a banhistas
estão sendo computados como afogamento para camuflar a real situação desastrosa
em que se encontram as praias da região metropolitana?
AT- Não acho que exista camuflagem das estatísticas porque não possuo
provas, mas acredito que muitos banhistas morreram de sharkattack na nossa
praia ao longo dessas duas décadas, pois, ao contrário do surfista que
geralmente escapa do ataque pra contar a história, o banhista é arrastado para
o fundo do mar onde desaparece das estatísticas. Raramente o banhista escapa,
como no caso da moça que foi se abaixar para banhar as nádegas na Praia de Piedade
e o tubarão abocanhou metade de sua bunda no rasinho, ou ainda perto do Hospital
da Aeronáutica, onde um banhista conseguiu nadar por estar próximo da beira também.
Acredito que para haver transparência nesta questão os dados do IML (Instituto
Médico Legal) poderiam ser auditados pela justiça como forma de esclarecimento
popular.
SB - O trabalho de Fábio Hazim, não está surtindo efeito?
AT - Não foi o próprio Fábio Hazim que declarou que o problema não tem
solução?
As pesquisas e as ações técnicas do CEMIT não me parecem direcionadas
para solução do problema maior dessa questão dos tubarões que seria a
priorização da proteção da vida humana. Logo, posso afirmar que está, sim,
havendo, ao longo de todos esses anos, desperdício de dinheiro público. Mais
preocupante ainda é a perpetuação do risco de novos sharkattacks com esse
imobilismo e falta de efetividade do CEMIT.
Arthur surfando no litoral Pernambucano
SB - O movimento A PRAIA É NOSSA tem conseguido avançar em suas reivindicações?
AT - A reivindicação que tenho
defendido na minha participação nesse movimento é a seguinte: redução e até anulação do risco
de sharkattack e perda de vidas humanas através do controle populacional
somente das espécies agressivas de tubarões através da pesca contínua e
monitorizada na nossa praia.
Para que não haja mais a perda de uma
sequer vida humana, essa deveria ser a prioridade da constituição brasileira!
SB - O que ou quem são as pessoas que vocês do movimento definem como
SHARKLOVERS?
AT – Me preocupa muito o rumo atual do ambientalismo, no qual se condena
a raça humana pela devastação da natureza e a partir desse pressuposto perdem
todas as prerrogativas de proteção da vida! Os ambientalistas que defendem que
o mar é o habitat prioritário do tubarão e não do homem deveriam estar
defendendo o fechamento da praia para o banho de mar ao invés de envidarem
todos os seus esforços para proteção do tubarão como uma vaca sagrada da Índia,
mantendo os banhistas a mercê de novos ataques. Esses ambientalistas cruéis são
inimigos da raça humana. Sharklovers dos infernos!
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